desespero...

desespero...
Aqui do outro lado tudo parece obscuro, mas eu ainda tenho esperancas de morrer...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ela nunca mente...



Ouvindo uma musica hoje me lembrei de dias em que não se tem nada a fazer alem de
beber, trepar e fazer bagunça, a musica alta, o som do gelo do wisque batendo nas laterais
dos copos alheios, alguns gritinhos de mulher, alguem estava fazendo uma suruba. Nós
cinco bebiamos cachaça pura enquanto davamos uns "tiros" e falavamos sobre Kant,
Kierkegaard, Focoau, Socrates, Russeau, Nietszche. A vida parecia menos rapida e
tensa... ou não. Não espero que esses dias voltem, mas por que somos obrigados a seguir
os passos de nossos pais? Por que viver como os velhos loucos?

 
Cara como alguem pode acreditar em Sartre? Um puta maluco sem senso de verdade. Derrepente alguem se exalta, uma voz alta é ouvida no corredor, alguem fumou uma "criptonita" e resolveu descontar nos vidros da porta, a policia é chamada. pena que os policiais são nossos conhecidos, seria divertido discutir Sartre com eles tambem... acho que minha mente não esta funcionando mais, de ve ser o alcool, ou seria o disturbio, não sei mais. Enquanto isso eu tomava meu café quente e pensava no porque disso tudo, como a vida é estranha aos olhos daqueles que viram o que eu vi. Como um peixe de aguas profundas, que resolve nadar na agua rasa, pode voltar as aguas profundas, tão quietas e sinistras?

 
A festa continuou até de manhã, com suas devidas pausas é óbvio, as quatro já não sabíamos se éramos capitalistas de direita, duros, ou se éramos anarquistas altruístas, se o existencialismo de Nietszche, ou o niilismo de Schopenhauer, ou o negativismo de Sartre, levou ou não a terceira guerra mundial, ou seja lá que guerra for. No fim somente o álcool, o pó, o ácido, e outros permeavam as discussões, e todas se abraçavam como velhas amigas, interagindo maravilhosamente dentro de nós mesmos. Foi ai que tudo ocorreu. Havia uma garota mais saidinha tirando a roupa em cima da mesa, eu estava sentado tomando meu whisque barato com algumas pedras de gelo, Bukowski estava a minha frente filosofando sobre a fumaça de seu cigarro e Burroughs acabara de chegar com sua barbichinha característica me chamando de patrão. “E ae patrão e o esquema ainda ta de pé?”. Dou uma longa tragada e penso por alguns minutos antes de responder: “Vamu nessa!”. Era o que todos três estavam esperando. Terminei meu whisque, apaguei meu tabaco e saímos os três chapados noite adentro em busca de confusão, era certo : a noite apenas havia começado...

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O atoa que escreveu isso tudo

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Tombstone city, Depois do fim do inferno, Antarctica
como vc já deve saber eu sou o cara mais atoa que eu conheço, logo eu tive q inventar alguma coisa pra passar o tempo, ai fiz essa merda, quem gostar bem, quem não gostar vai se fuder!